terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sabia que você consome 5,2 litros de veneno por ano?

Pois é, considerando que o agrotóxico colocado em verduras e frutas é veneno, é isso mesmo que você consome em média. O dado alarmante consta na última edição da Revista do Idec (nº 159, de Outubro de 2011). Ele indica, ainda, um documentário que pode ser encontrado no youtube (clique aqui para assistir) com informações ainda piores, já que muitos dos agrotóxicos utilizados no Brasil foram proibidos em inúmeros países do mundo, inclusive a China, que neste ponto não viola o direito humano à saúde.

O agrotóxico está presente em frutas e verduras, ou seja, exatamente naquela parcela da alimentação que acreditamos mais saudável. Assim, quem mais se preocupa com a alimentação saudável é quem mais se envenena (sem saber). As grávidas, inclusive, nem devem saber que metais pesados são encontrados no cordão umbilical dos recém-nascidos.

Inúmeras vezes já deixei de comer maçãs, pois logo na primeira mordida senti um gosto de agrotóxico que dominou meu paladar.

Sabemos que os orgânicos são mais saudáveis, mas nem sempre podemos comprá-los, seja porque não encontramos o alimento orgânico, seja porque são mais caros. Mas uma coisa é sabermos que estamos adquirindo alimento com agrotóxico, outra bem diferente é sabermos que estes produtos podem facilmente causar lapso de memória, reduzir a imunidade e gerar complicações nos embriões, dentre outras coisas terríveis, como o próprio cancêr.

A regra geral do Código de Defesa do Consumidor é de proibir produtos que apresentem riscos à saúde dos consumidores. Só há uma exceção: quando os riscos sejam considerados "normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição" (art. 8º), mas desde que venham acompanhados de informações necessárias e adequadas a seu respeito.

No caso presente, os riscos não são normais nem previsíveis. Afinal, ninguém come uma uva (um dos alimentos com maior índice de agrotóxico) sabendo que pode vir a ter lapsos de memória ou que pode ter defeito de formação no seu embrião. Ainda que soubesse, esta informação deveria acompanhar o produto na própria etiqueta.

A presença dos agrotóxicos constitui um defeito do produto e chega mesmo a ser um crime, pela falta de informação quanto aos riscos que apresentam.

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